Bom dia meninas! Hoje vou conversar um pouquinho com vocês sobre a diferença entre essas duas patologias: Intolerância a lactose e Alergia a proteína do leite da vaca, que são comumente confundidas. Quero ajudá-las a identificar caso seus bebês apresentem alguns sintomas parecidos e que vocês procurem logo um especialista, mas o objetivo principal é mostrar que caso seu filho tenha uma dessas duas patologias, ele vai viver muito bem, exatamente como as outras crianças, porém com alguns cuidados.
Ocorre por que o organismo não produz ou produz pouca quantidade da enzima lactase, responsável pela digestão da lactose. A falta dessa enzima favorece o acúmulo da lactose no intestino, onde atrai água, ocorre a fermentação por bactérias, provocando diarréia, gases, cólicas e distensão abdominal. Pode ser genética ou não.
- Alergia a proteína do leite da vaca
Ocorre por que o sistema imunológico reconhece algumas proteínas do leite como agente agressor, desencadeando alguns sintomas desagradáveis, como a diarréia, gases, cólicas, distensão abdominal, lesões de pele, dificuldade de respirar, pequeno sangramento intestinal, entre outros. Ocorre mais intensamente nos primeiros anos de vida, principalmente na transição do leite materno para o leite de vaca, em bebês menores que seis meses de vida.
Não tive esse problema com as Marias, mas acho extremamente importante falar sobre esse assunto. Logo abaixo segue o relato de uma colega de profissão, que passou por esse problema com suas duas filhas e leva uma vida super normal, tomando alguns cuidados, claro.
“Olá, sou Rhaquel Oliveira, mãe da Lis e da Cléo. A Lis,
nasceu no dia 20/09/2012 as 22h mamou exclusivo até os 3 meses, mas desde
quando nasceu vomitava muito em jato. Aos 3 meses começou a perder peso mesmo
tendo muito leite, a gastropediatra (que levei por conta própria, pq para o
pediatra era refluxo e era normal) resolveu introduzir um complemento com o Nam
e foi então que a Lis ficou toda intoxicada, com urticária e angioedema. Desde
então começou a tomar o neocate. Descobrimos outras alergias além da proteína
do leite, ela tem alergia a carne vermelha, banana, ovo e corante amarelo. Hoje
minha pequena tem 2 anos e 7 meses, toma o pregomin e ainda tem reações de
toque. Na gravidez da Cléo, minha segunda filha, me preparei para receber uma
bebê com alergia a proteína do leite, então orientada pela gastropediatra fiz
dieta sem leite, sem ovo e sem carne vermelha desde os 7 meses de gestação e
continuei durante a amamentação. A Cléo nasceu no dia 05/06/2014 às 21h, de
parto Cesário, mamou exclusivo até os 5 meses, porém não estava ganhando peso,
e tinha alguns episódios de diarreia e vômitos quando alguém tocava nela ou
quando eu ingeria traços de leite sem saber, já que a maioria dos produtos
industrializados não tem no rótulo as informações de proteína de leite. No
começo, com a Lis foi tudo mais complicado, mas com o tempo aprendi a conviver
com essa particularidade das minhas filhas. Não deixo de frequentar
aniversários, eventos familiares e restaurantes. Aprendi que na minha casa só
deve entrar produtos de marcas confiáveis e sem leite e sem ovo, se o marido ou
eu quisermos comer algo que contenha leite ou ovo fazemos isso longe de casa,
para não contaminar os utensílios nem a esponja e dá uma reação cruzada. Quando
vou aos aniversários, levo os lanchinhos das minhas pequenas, apesar delas já
saírem alimentadas de casa. Gente, eu que não sabia fazer um ovo frito na
cozinha, tive que aprender a cozinhar para as minhas pequenas. Acho que dá sim
para levar uma vida normal e social com as filhas com APLV, não fiquem
paranoicas achando que é o fim do mundo, a Lis fez exames em janeiro deste ano
e mesmo tendo todos os cuidados para não sensibiliza-la, os exames mostraram
que as alergias dela aumentaram, e que só vamos começar a fazer a
desensibilização apartir dos 5 anos. Minhas filhas crescem e engordam normal.”
Espero que gostem e que ajude algumas mamães!!